Da passagem do Evangelho de hoje, podemos tirar muita coisa!
A situação é: alguns homens viviam uma religião opressora e se beneficiavam dela. Cristo, quando começou sua vida pública, começou a acabar com essa palhaçada.
Em meio a essa situação toda, Jesus mostrava ao seu povo quem, de fato, era - e é - Deus, e isso incomodou os tais homens. Assim, Cristo estava sendo, por assim dizer, caçado. Em qualquer circunstância, pretendiam que se contradissesse ou, de preferência, cometesse algum crime segundo as leis vigentes na época. Só que eles não O conheciam.
Na ocasião narrada no evangelho de hoje [veja aqui], os tais homens enviaram seus mensageiros em para provaram a Cristo, e eles pronunciaram, antes de destilarem suas perguntas, um louvor com belas palavras, mas que não vinha do coração. E isso já me falou muito.
Em muitíssimas vezes, nós fazemos o mesmo. Pronunciamos louvores vazios a Deus, sem sequer pensarmos no que estamos falando. Muitas, muitas vezes, esses louvores são mais uma forma de tentar negociar com Deus coisas que nós queremos e sabemos que não é exatamente a vontade de Deus. Deus nos livre de fazermos esses falsos louvores e nos igualarmos a esses falsos homens que o tentaram por tantas vezes.
Prossigamos.
Deus sabe de tudo. Cristo soube de tudo. "Por que me tentais?" Por que me fazeis louvores falsos? Por que o fazemos? Acaso pensamos ser Deus uma pessoa comprável com palavras bonitas? Não. Deus não cai em ciladas. Deus conhece a intenção do nosso coração antes de ouvir a beleza das nossas palavras. É até engraçado perceber que somos capazes de tentar ver Deus como uma pessoa fraca como nós. Mas é muito bom perceber que Ele, na verdade, não o É. E que nos conhece. Deus nos conhece.
Adiante, percebemos a grande sabedoria de Deus.
Diante da pergunta feita a Ele, do conhecimento das intenções do coração de quem as fez e de um povo que, no fundo, esperava também essa resposta, o Cristo sacia surpreendentemente o coração de quem esperava algo dele. A pergunta não é desconcertante, mas a réplica à resposta que a acompanha e a lógica proposta por Cristo se torna uma vocação inegável.
-“De quem é a figura e a inscrição que estão nessa moeda?”
-“De César”.
-“Dai, pois, a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus”.
A lógica de Cristo remete à criação, quando Deus disse: " Façamos o homem à Nossa imagem e semelhança."
A imagem e inscrição que está presente em mim e em você é a de Deus. Não é somente uma assinatura, é a projeção divina em nós. É a marca de do Autor que nos fez alvos de tanto amor.
Devolvamos, enfim, a Deus, o que é de Deus: nós mesmos, nossas vidas, nossas capacidades, dádivas, dons, alegrias, tristezas, sentimentos, decisões, desejos, planos, futuro.
Devolvamos tudo ao nosso Tudo. Devolvamos a vida a quem no-la Deu.
Sejamos corajosos e generosos nessa oferta.
Shalom!
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