terça-feira, 21 de abril de 2009

Só pra encerrar o assunto!

Argumentos a favor de um crime.

“O corpo é meu e eu faço com ele o que eu quiser!” Assim se inicia o depoimento de uma defensora do aborto em quaisquer ocasiões, em entrevista ao site de um famoso jornal nordestino. Após ascensão do caso do estupro seguido de aborto no interior de Pernambuco, o fato gerou uma enorme polêmica por que os médicos autores do aborto foram ex-comungados e a mãe dos abortados tinha apenas nove anos de idade.

Este já tornou-se um assunto corriqueiro na sociedade brasileira, mas ainda envolto de muitos pontos em discussão. Enquanto a Igreja condena a prática do aborto em toda e qualquer ocasião, organizações unem forças para torná-lo um direito das mulheres, usando como argumento a autonomia seu do corpo. Tais grupos preocupam-se apenas com o bem-estar constante e, muitas vezes, irresponsável. Ignoram a presença de uma vida inteligente e, apesar de indefesa, igual em tudo às mesmas.

Desvinculando-se destes casos de proporções maiores e procurando informalmente, é fácil perceber que as práticas abortivas são constantes. Todos os dias dezenas de gestações indesejadas são interrompidas na ilegalidade, cessando um sem número de vidas inocentes. Além disso, o alto risco de tais intervenções são ignorados pelas grávidas que as utilizam. Isso torna o aborto tão acessível quanto o parto e tão comum quanto o próprio sexo. Mesmo assim, não se pode por panos quentes neste assunto, para que ele não se torne normal como hoje já são as drogas, algumas doenças sexualmente transmissíveis, o álcool.

Não é simplesmente por que o corpo de qualquer pessoa a pertence que esta mesma tem o direito de fazer qualquer atitude de agressão contra si ou contra os outros. O próprio suicídio é considerado crime, com penas previstas na lei para quem tenta o praticar. Caso contrário, poder-se-ia sem culpa, ignorar a assistências pública aos doentes, às crianças, às próprias grávidas. Caso contrário, este texto começaria com uma citação parecida, mas com uma sutil diferença: ‘O corpo é meu e eu mato nele quem eu quiser!’



Jomário Gama
beejomeliga'


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